18 fevereiro 2016

De autocaravana pelas aldeias históricas de Portugal - parte III


Penha Garcia
As miúdas dormiam um sono maravilhoso ao chegar a Penha Garcia. Fomos um pouco (bastante) à solta, sem preparar viagem, sem estudar a coisa muito profundamente. Traçamos percurso e pouco mais. Estávamos em Portugal, ligados à internet, comunicando na nossa língua, com o nosso povo hospitaleiro. Confiança. Estávamos em casa. Este era o lema. Quero com isto dizer: não sabíamos o que íamos encontrar neste local. Ponto final. Parágrafo.
E como as belas adormecidas continuavam belas e também adormecidas, a mãe voluntaria-se a subir ao topo da aldeia, para avaliar a coisa e trazer notícias à família. Mãe sobe ruas e ruelas, íngremes e sinuosas, até chegar ao castelo. Qual não é o seu fascínio quando os seus olhos piscam ao olhar para baixo: um parque icnológico fantástico. E piscinas naturais, uma barragem, casinhas pequenas e pessoas minúsculas que por lá serpenteiam. Uma vista única. Diferente de tudo que tínhamos visto anteriormente. Como lá chegar com duas pequenas?
A volta à família, ansiosa por contar novidades, sem bateria e possibilidade de contato, foi dificultada pela falta de orientação desta mãe sem a sua bússola (o pai). Mas lá cheguei.  As belas continuam belas mas acordadas. Num parque infantil. De viatura (casa) lá chegamos perto (via lar de idosos, como o indicado), percorrendo um pequeno caminho a pé, sem dificuldade. Piscinas naturais e uns caminhos que deixaram as pequenas (mais a maior, a grande aventureira) felizes por escalarem e serem muito radicais. Batemos à porta das casinhas, sentamos nos banquinhos a descansar e aproveitamos ao máximo este passeio fantástico por este lugar único que remonta a 480 milhões de anos, quando a região era banhada pelo oceano. São visíveis vestígios de seres marinhos de há muitos, muitos milhões de anos...
O pai e a mana ainda foram à barragem enquanto nós voltamos a casa, felizes. Lugar único este. Recomendadíssimo! 







De visão e corações cheios com tudo o que esta viagem nos tem dado, seguimos para a aldeia histórica de Monsanto. Além de aldeia histórica, esta foi também considerada a Aldeia Mais Portuguesa de Portugal! 
Algum desconhecimento foi benvindo também afinal. As elevadas expetativas sobre a aldeia não foram defraudadas. A subida revela-se única e autêntica a cada esquina. A cada penedo. E à sua relação com a construção. Mas o percurso é demasiado extenso e um pouco exigente para as crianças. Sem saber, lá fomos subindo e entre queixas e algumas promessas dos pais, as justificadas "chantagens" ou "prémios" como prefiro chamar, e... objetivo final alcançado por todos!  E as marafonas em miniatura tiveram que vir! Ok, confesso! Mais um geladinho ao descer, para recuperar a energia gasta! Porque elas mereceram! Palmas a elas! E a Monsanto!












                                                                              Marafonas de Monsanto


Dicas para autocaravanistas: usamos os serviços de uma ASA no Sabugal; pernoitamos num parque de estacionamento na subida para Monsanto, não o mais perto que estas viaturas podem ir, mas mais abaixo. E mais plano. Mais uma vez, tranquilos. Na medida do possível, era noite de Carnaval... Ninguém leva a mal! 

(Existem imensos percursos para fazer a pé; obviamente, sem crianças pequenas. Informem-se!)
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