14 fevereiro 2016

De autocaravana pelas aldeias históricas de Portugal - parte I

"Podem ser pontos ínfimos no mapa-mundo, mas graças a elas mudou-se o destino de um país. Com localizações estratégicas junto da fronteira espanhola, as aldeias históricas de Portugal são fruto do trabalho de diversas gerações de reis que, preocupados com a defesa do território, se encarregaram de povoar e fortificar aquela região." (Informação daqui)

Com "alguma" informação histórica, mas mais na intenção de passar uns dias em convívio permanente e próximo (m2 da nossa Maria) a 4, lá partimos à descoberta das aldeias históricas de Portugal, num carnaval que prometia muita chuva, mas que não nos fez desistir deste compromisso sério que temos com as nossas viagens...

Castelo Rodrigo foi o primeiro de muitos castelos a desbravar. A Porta do Sol rapidamente nos convida a entrar por ruas tão pitorescas que nos sentimos num retroceder a tempos antigos, qual conto medieval em que entramos. Algumas brincadeiras e muitas fotografias, e até se dança no salão de baile do Palácio de Cristóvão de Moura ao anoitecer.






 

Seguiu-se Almeida, com sua muralha e jardins em estrela, onde as miúdas adoraram visitar o picadeiro. O vento era gelado, e foi a desculpa certa para a pausa para um chá na Pousada, com poderes de aconchego e aquecimento. Chá esse que nos deu também a coragem para subir a muralha e apreciar esta tão original moldura desta aldeia-quadro. Abre-se o sol que nos aquece numa caminhada pelas casas brasonadas, na subida aos telhados (!), na passagem por túneis que não são mais que as Portas Duplas de São Francisco da Cruz, no cumprimentar do soldadinho estátua. Almeida está vista e aprovada também!










 

E siga para Castelo Mendo
Autocaravana acabada de estacionar na Porta da Vila (sim, as aldeias históricas têm quase todas porta) e já nos tentam vender ovos. A mensagem passa tão rápido na pequena aldeia, que somos abordados e convidados a entrar na casa da D. Teresa, com bolinhos a sair do forno e requeijão caseiro. O pão, como ainda demorava uma horita a sair quentinho, seria entregue em casa (na autocaravana, portanto!). Meu dito, meu feito! Uma volta dada, sempre a subir calçada medieval acima para alcançar as melhores vistas. Pelourinho, Casa Manuelina, Porta do Castelinho. Procurar flores simplesmente porque a nossa F. quer. Registos fotográficos feitos e volta abaixo para a nossa caracoleta para almoçar. É aí que entra em cena a D. Teresa com o pão quentinho, assim como dois pães com chouriço, um extra acabado de sair do forno. A D. Teresa ganhou o dia e nós também! Obrigada!





 


 




Dicas para autocaravanistas: tentamos pernoitar perto do castelo, em Castelo Rodrigo, numa zona plana de terra batida. Estaríamos tranquilos, com certeza, não fosse o dilúvio que caiu dos céus essa noite. Esta tempestade ventosa e muito ruidosa (ainda mais em locais altos) fez-nos mudar para os estacionamentos em frente do parque de campismo, onde ficámos mais abrigados do ruído do vento. Tranquilos. Até parecia que a tempestade se tinha ido...

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