25 maio 2014

3 anos


3 anos. 
3 anos de um amor ao quadrado. De um amor de elevação tal que a ciência e a matemática não explicam. Segunda experiência de maternidade e ainda assim, inigualável. Porque cada criança é só uma. Ela própria. 
Nasceste da mesma forma que a mana. Cesariana. Menos cabeluda e menos gordinha. Mais compridinha. As mesmas hipoglicemias, habituadas a umas elevações de açúcar que duas diabetes gestacionais me ofereceram. (Pois. Porque esta mamã que vocês adoram (eu sei) não andou a comer todas as delícias do mundo com a desculpa da gravidez. Andou sim em dietas diabéticas de enjoar só de pensar. E muitas piquinhas nos dedos. Outras tantas nas pernas. E ainda muitas horas de espera em consultórios médicos de um hospital). Sim, sim, ainda assim valeu muuuuuito a pena! Mas uma mãe sofre minhas lindas! Um dia saberão o que vos digo...
Deste umas noites mal dormidas. Insistias em acordar e mamar. Mas ao fazer 1 ano descobriste que dormir uma noite inteira era bom. E que boa descoberta! Nunca foi preciso dar colo, embalar, nem fazer companhia para dormir. O meu anjinho. Era só deitar. E tinhas os sonos mais descansados deste mundo. Sonhavas com coisas doces, concerteza. E isso fez de ti a menina mais doce do mundo também. Dás miminhos como ninguém. Dizes que sou linda. Que gostas de mim. E mais um beijinho. E um abracinho. Semicerras os teus olhos cor de mel enchendo o peito para dizer "a minha mamã" sempre que um desconhecido me fala, como que querendo tomar posse do que já é teu. O meu amor. Eu. 
Aos dois anos, deixaste a chupeta ao Pai Natal para um qualquer bebé deste mundo poder chuchar. Agora, orgulhosa, dizes já ser crescida. Já não queres comer em cadeiras de bebé. Já tens uma cama como a da mana. E fralda, já nem de noite. Parece que só eu tenho uma vontade interior de parar o tempo. De continuar a ouvir-te dizer que vais vestir a "mikisola" rosa. Que estás doente e vais ao "mékino". Começares o relato do dia com a conjugação verbal da tua autoria: fazi... E relatares o momento de comer bolachas como o auge do teu dia. 
Segues a tua irmã como uma fã incondicional. E fazes equipa com ela na colecção de cromos. Com uma importante função: guardar os "derretidos" (para os menos perspicazes, eu explico: os repetidos). Tu, com uma vontade enorme e natural de crescer. Eu, com uma vontade enorme (e também natural, digo eu) de te aconchegar no meu colo e dar um biberão. Talvez um egoísmo maternal que te quer dependente de mim. Dos meus braços. Da minha protecção. E do meu amor. Uma vontade de poder com o meu corpo tornar-nos uma forma única. Juntas. Sem saber onde acabas tu e começo eu.  Muito melosas. Desse açúcar todo que é o teu.
Parabéns minha loirinha linda dos caracóis! Amo-te muito!






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