15 setembro 2014

Tenho mimo de ti


Tenho mimo de ti. 
Foi a expressão de hoje pela minha foquinha-bebé. Uma mistura mimosa de tenho saudades tuas com quero mimo, colo e aconchego. Começou por dizer, na viagem para casa, que tinha saudades minhas, ao que perguntei: durante o dia, na escola? E ela responde: não, agora. Sorrio pelo retrovisor. Babada e até emocionada, confesso. 
Já em casa, despindo-se para o banho desabafa: não gosto das professoras novas. E aqui a mãe, de coração despedaçado abraça a cria e diz: mas a M e a I gostam tanto de ti e são tuas amigas, não são. ( pergunto, receosa da resposta). Sim, mas eu só gosto da mamã, do papá e da mana, diz ela com aquela expressão de carneirinho mimadinho.
Parece que a minha filhota, a caçulinha, teve um dia não. E não desprezemos as dificuldades destes seres pequeninos sem os problemas de um dia-a-dia de adulto. O voltar a uma rotina já meio-esquecida, a alteração nos educadores, amiguinhos e espaços novos, são no mundo destes pequenos seres umas GRANDES mudanças. E, porque na escola serão muitos a requerer atenções, tornam a tarefa difícil e quase impossível, de satisfazer as necessidades de cada um... Os pedidos de mimo ficaram mesmo para o aconchego do lar. Em exclusivo. Espero que por agora. 
És uma menina de afectos, de toques e de carícias, de necessidade de atenção como de água para beber, o tal e qual de um filho que já tem irmãos. Mas gostas também do teu espaço. Tens as tuas delicadezas mas também as manhas. Tento acreditar que o passar dos dias e a ajudinha com a colher da sopa, as histórias contadas e o acompanhar do traço no desenho, o ensinar de um caminho e a liberdade de respeitar quem tu és, e ainda os teus e os mimos delas se vão conquistar. Acredito com o meu coração de mãe (porque quero MUITO acreditar) que te vais dar a conhecer e a elas te abraçar. Com vontade. Dos meus braços para os delas. Quero entregar-te de manhã com essa certeza. Com a mesma que tenho quando te vou buscar.
A minha foca-bebé linda estava carente hoje. E eu dei-lhe todo o mimo deste mundo, enroscando-me a ela no sofá. Entrei no seu mundo. Vimos a porquinha Peppa (as três) em novelo no sofá. Oferecemos o mundo a quem encontrar a ponta. Porque não há ponta por onde se lhe pegue neste novelo. Não neste amor que nos funde.





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2 comentários

Pau!oM disse...

Lindo!!!

+mood disse...

Obrigada ☺️

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