positive mood

31 março 2014

E para quem não acompanhou os vários posts sobre um fim‑de‑semana em Madrid, aqui está uma nova oportunidade. É só clicar e acompanhar esta viagem em partes: o espectacular hotel, o jantar com amigos, as lembranças para as princesas, o brunch no Ramsés, a feira internacional DIY Show e o estilo de vida de "nuestros hermanos". Espreitem!

A vida é para ser vivida

A vida é para ser vivida. E "nuestros hermanos" e vizinhos sabem fazê-lo. Ainda que o fim‑de‑semana não seja de sol intenso ou uma efectiva primavera, eles andam nas ruas. Há vida em Madrid. De dia ou de noite. Bairro a bairro. A cidade fervilha. De cor. De gente. De estilo. De mistura.

Matalasaña, o melhor bairro para compras (pela Rotas e Destinos - eu não andei às compras), com lojas de design, roupas de autor e restaurantes sofisticados. Eu fiquei-me por um jantar de tapas num sítio muito castiço chamado "Las Maravillas", vizinho da também recomendada taberna "Albur". Pela noite, jovens jovens e jovens adultos movimentam-se entre este e o bairro vizinho, La Chueca. Este bairro gay, chamado de Soho Madrileno, é também alternativa para comprar, tapear ou sair noite dentro.

Não posso deixar de sublinhar também um outro bairro desta cidade, Lavapiés. É a mistura de culturas transformada em bairro. Africanos, chineses, indianos e tailandeses partilham as ruas estreitas abrindo portas aos transeuntes. As ruas convidam ao passeio e os restaurantes a entrar. Tudo giro, diferente, cuidado, alternativo. Como as salas de teatro deste bairro.

Foi neste bairro que me despedi de Madrid. Numa esplanada agradável a apreciar o mundo a girar. Porque a vida é para ser vivida.

Lavapiés

DIY Show, Madrid

DIY SHOW. A feira em que o melhor vem de ti.

Foi no palácio Neptuno, Callé Cervantes, que se realizou esta feira internacional de Do It Yourself. Uma feira em que dezenas de tendas expõem o seu trabalho, partilhando o que melhor e mais original fazem. Em simultâneo, ocorreram imensos workshops ligados a diversas artes de DIY como criatividade manual, moda, cozinha criativa, bricolage e decoração e ainda a área tecnológica, relacionada com a blogosfera e vendas online (marquei presença nestes na ânsia de evoluir. Sempre).

As tendas eram variadas: muitas de scrapbook, de objectos costurados, bricolage, acessórios de moda como jóias, sabonetes artesanais, kits de cultivo caseiro, cake/cookies design, animação infantil, organização de festas e até mesmo produção e entrega domiciliária de leite de cabra.

Curiosos? Espreitem aqui e apareçam para o ano.

Por agora fiquem-se pelos registos fotográficos.

Ramses, Madrid

Demos-nos ao direito de mais um luxo (e digo mais um pois o outro foi o hotel, este . A nossa primeira experiência num restaurante com chefe merecedor de estrela Michelin (umazinha, mas basta), Ricard Camarena. Não fomos jantar, porque há que saber balançar preço/qualidade, gestão orçamental, conjuntura actual. Excesso, mas só de vez em quando. Cada vez mais de quando em vez. E calculado, ainda assim.

Fomos a um brunch. Uma óptima forma de fazer duas refeições numa só (já que a nossa promoção hotel 5🌟não incluía pequeno almoço), e ficarmos pequeno-e-almoçados de uma forma divinal.

Localizado na Puerta Alcalá, Ramsés foi então a nossa segunda e última extravagância. Design interior a preto, muitas inscrições nas paredes a lembrar ardósia, mesas altas, candelabros, ambiente meio escuro, sofisticado mas sem salamaleques, a criar um ambiente "cosy & chiq" num brunch à luz de velas. Mobiliário, design, decoração, projecto (como lhe queiram chamar) by Philippe Starck ajuda a descrever este moderno e agradável espaço. Porque tudo constrói a refeição, o bem estar, o momento.

O brunch é à carta e a difícil escolha caiu para uma seleção de pastelaria francesa, um smothie de manga e um sumo natural de abacaxi, uns ovos benedict (de perder a cabeça. A D O R O ), uns "ovos no prato" (foram a delícia do meu mais-que-tudo). Ovos escalfados sobre tomate, cebola e pimento estufados (talvez), crumble de frutos secos e lascas de presunto serrano (isto é uma aproximação à realidade. Só o chefe poderá dizer mais). Estes ovos foram tão maravilhosamente saciantes que acabamos por cancelar o pedido das panquecas, para que não cometessemos o pecado da gula.

O "café solo" não pode faltar. Em Espanha. Mas com vícios portugueses.

A arte e as crianças.

Uma escapela a dois mas sempre a falar e lembrar as nossas mais-que-tudo. As nossas fofinhas. As nossas princesas. Saudades. Muitas, muitas. É muito saudável este sentimento de falta que nos enche o coração no momento do reencontro. A cada dia. Mesmo no dia-a-dia. Na banal ida à escola para as buscar ao fim da jornada.

Não fugindo do tema do post (impossível tocar num assunto tão mágico como o amor paternal e não nos deixarmos levar...), quem não trás uma lembrancinha para as crianças destas escapadelas?

E o que deverá ser a lembrança de viagem? A meu ver, a criança valoriza qualquer simples prendinha. Mas, e se pudermos conciliar a alegria desta com o local/significado da viagem e o lado lúdico e educativo...p e r f e i t o !

Assim, desta vez veio um puzzle de madeira (adoro brinquedos à antiga, de madeira, resistentes e a fazer lembrar outros tempos) em forma de elefante, em que o fio condutor poderá ser de um lado a numeração ou do outro o alfabeto. Bonito e didático! Comprado numa feira de rua, tipo feira da ladra, El Rastro.

Do Thyssen-Bornemiska vieram uns originais pincéis de dedos. Eu desconhecia a sua existência. São muito originais e podem ser uma prenda muita gira que estimula a coordenação ao pintar com vários dedos. Vejam a foto e imaginem. São demais!

Veio também um jogo de memória/puzzle duplo do Guernica. E não foi nada fácil fazê-lo em família pela primeira vez. Sabem bem como são imprevisíveis e únicas as formas e personagens de Picasso... Um jogo que estimula a mente (diz a caixa, e eu acredito). Comprado no Reina Sofia.

Vieram ainda 3 postais de quadros famosos. Um de Picasso, um de Miró e um de Cézanne (parece que vou ter que visitar os museus portugueses em busca de outros exemplares...) Começa assim, de uma forma simples, uma colecção educativa que pretende introduzir noções de arte e, neste caso, pintura às minhas princesas. E, por muito que estas adorem os mil e um brinquedos apenas com aspecto lúdico, sempre acabam por assentar arraiais com os puzzles, os legos e principalmente os livros. Adoram folhear. Contar e recontar histórias a uma assistência de nenucos e bonecas que colocam meticulosamente lado a lado. Imaginar. Explorar. Viajar. (E eu adoro. Confesso.)

Que acham? Foram boas as escolhas? Talvez fosse melhor termos eleito uma coisa só. Mas definitivamente não deu.

Nota: a vontade de trazer os espectaculares e inúmeros livros de arte para crianças era muita mas chamando a razão a mim... Eram em espanhol!

Esta sobremesa chama-se | Nozes com mel e whisky

A ida a Madrid teve ainda incluído um jantar de arroz de polvo delicioso, acompanhado de um vinho tinto maduro "3 Picos", dois miúdos catitas luso/castelhanos, convívio e muita muita conversa. Uma lufada de ar português para os "imigras" e um óptimo convívio anfitrião para os "estrangeiros". No fim, o exilado tem direito a uma voltinha na movida tão trendy do seu bairro Malasaña (recomenda-se). Mas, por agora, fico-me por referir uma sobremesa preparada com muita dedicação por este meu amigo. A sobremesa. A tal. Podem registar a receita. Um punhado de nozes numa tigela. Uma colher de mel. Regar (ou cobrir) com whisky.

Esta sobremesa chama-se: nozes com mel e whisky.

Uma viagem dentro de um hotel. Silken Puerta America. Madrid

Vamos a Madrid (fomos).

Primeira coisa a fazer: marcar voo de baixo custo. Feito. (Segunda pois a primeira, que podemos marcar como zero, o ponto de partida, foi a inscrição na feira de DIY da qual falarei brevemente).

Segunda, onde dormir.

O dilema de procurar algo acessível no centro. Muita, mas muita coisa esgotada. (Será pelo Real Madrid/Barcelona, pela manifestação contra o governo, pela feira ou simplesmente por ser uma capital europeia que fervilha?). As fotografias dos locais a pernoitar mais "em conta" deixam dúvidas. (Não dá para esquecer "uns bichinhos" uma vez encontrados num quarto em Paris, que nos obrigaram a procurar outro hotel durante a noite). Ao procurar as promoções no booking, eis que aparece um hotel que sempre esteve na nossa "wish list" de querer viver... Nem me tinha atrevido a procurá-lo por ser um 5 estrelas mas este veio ter comigo (destino, será?). Em promoção, era ao mesmo preço ou ligeiramente superior a um 2/3 estrelas central mas encontrava-se a 3km do centro. E agora? Que decidiriam vocês?

Decidimos-nos pela viagem de metro diária até ao centro. E pelo design. Arquitectura. Experiência. Não pelo luxo ou mordomia. Mas pela vivência. Pelo vanguardismo. Pela beleza. Pela diferença.

E passo a contar.

Este hotel não tem uma arquitectura espectacular de fachada. A meu ver. Tem é muita e muito diferente arquitectura interior. Cada piso é projectado por um arquitecto ou atelier internacional diferente. À saída do elevador parece que entramos num mundo de ficção. Cada hall uma tela diferente. (Sim, saí e entrei em todos os 12 pisos do hotel apenas e somente para ver, apreciar e fotografar as obras primas destes artistas).

Ficamos no piso do Plasma Studio. E muito bem. O hotel, à chegada, permite-nos escolher perante a oferta existente, mostrando fotografias das escolhas possíveis (excluídos os pisos da Zaha Hadid e Jean Nouvel, que são a preços distintos e sem promoções, imagino. Se assim não fosse, a primeira seria a minha escolha, sem qualquer dúvida. Sou apreciadora da sua inconfundível obra. Como podem ver neste post.)

Mostro fotos destas viagens entre pisos, para que viagem comigo...

Leio para vocês | A avestruz aprende a ler

Leio para vocês

A avestruz está muito triste.

- Sou tão burra! Sou mesmo parva! Não percebo nada!

A avestruz recebeu uma carta. Os amigos não compreendem. Mas a carta dizia que ela era burra?

Não. A avestruz simplesmente não sabia ler. Queria enfiar a cabeça na areia de tanta vergonha e nunca mais tirar...

Mas os amigos explicaram à avestruz que ninguém sabe fazer nada se não tiver aprendido primeiro...

Entretanto chega a girafa com convites para a sua festa de aniversário. Eram iguais à carta que a avestruz tinha recebido.

E sabem o que a girafa pediu a todos como prenda de aniversário? Que cada um ensinasse algo que saiba fazer e ela não!

Todos se divertiram muito na festa. A ensinar e aprender.

São estes os livros que crescem com elas. E elas com eles.

Sim, apontem no caderninho...

A avestruz aprende a ler, de Karin Salmson

Ilustração de Matt Wolf

Editora Janet Colletti

Gostavas de viver num cruzeiro?

Isso mesmo. Viver permanente em viagem pelo mundo. Num cruzeiro. Não são umas férias. É uma vida de férias. Cruzeiro com apartamentos de luxo, personalizados por cada um com seus objectos pessoais. Supermercados, restaurantes,... E uma vida em movimento permanente. Pelo mundo. Que tal? Já tinham planos para a reforma?

Então espreitem aqui.

Pack "in the mood" #5

1. Para a felicidade e positividade há que trabalhar. Não se pode aguardar pela oportunidade. Há que a construir. A oportunidade. Ou a porta. Para que esta bata. E entre. As palavras que nos inspiram. Estas.

2. Ainda no mês da Mulher, a entrevista a Maria de Medeiros.

3. A velhinha (no mínimo do meu tempo...) All Star e as suas novidades. Vale a pena ver aqui.

4. O clássico padrão da LV não será de forma alguma a minha perdição mas definitivamente gosto desta campanha. Na savana (como diriam as minhas filhas agrupando os animais pelo local onde vivem).