19 abril 2018

Fotografar palavras #1131



Das viagens nascem novas vivências e acordares. Do contacto com outras gentes nasce um sem número de acrescentares ao nosso eu. Mas conhecemos também outros nós, outra gente nossa que, como nós, gosta de viajar. Que ao nosso lado cultiva a empatia e não deixa morrer esse olhar.
Nasceu assim este meu participar em “fotografar palavras”. Do amigo que tem outro amigo. Da partilha. Do complemento. Unidos em acrescentar algo a uma visão. A uma palavra. A muito sentimento. De quem sente a arte de ver e escrever a vida e os sonhos.

Aqui deixo o meu primeiro contributo em “fotografar palavras”, de Paulo Kellerman, em parceria com a talentosa Teresa Bret Afonso, autora de “da minha janela para o mundo”.

Chovia tanto que parecia que os céus se abriam para castigar os da terra, que se abria também em rios, arrastando a felicidade dela. Na tormenta, adormeceu. E quando acordou viu que da fenda aberta surgiu o sol e a luz que a aqueceu. Viu que o solo tinha absorvido as águas revoltas. Viu que desse solo molhado surgira uma flor. E escreveu: depois do hoje vem o amanhã. E não haverá nunca amanhã sem hoje.




Texto: Renata Barbosa (eu mesmo ;)
Fotografia: Teresa Bret Afonso
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