26 dezembro 2013

Dia 26. O pós-Natal.


Esta noite nascia a tradição familiar e natalícia de dormir a quatro. A excitação era grande, não muito propícia ao adormecer calmo e prazeroso. Mas, como o cansaço de dois dias bem passados, sem sestas nem descansos era grande, o Sr. Pestana lá chegou. 
A experiência prometia ser algo um pouco quente, sem grande espaço de movimentação, mas muito muito preenchedora. A mãe não quis com isto estragar o tão educado e rotineiro momento de deitar as meninas no seu quarto, quais mulherzinhas parecem quando se comportam como princesas na hora de dormir... Quis foi, a seu grande proveito, encher seu coração. 
Mas, como nem sempre os planos correm como o esperado (é assim a vida, imperfeita), este plano saiu meio torto. O pai, primeira desistência, não consegue conquistar espaço à mais pequena das princesas que se atravessa na cama sem pedidos nem vergonhas. Vai para o sofá. No entanto, novamente a pequenota se faz notar ao choramingar. Uma, duas, três vezes. Definitivamente não estava bem. Seria o estranhar da cama? Seria a falta dos amigos mickey, minnie e bebé com quem costuma dormir? Ou seria a ausência da chucha que cedeu ao pai natal para este levar para os bebés? Enfim, dificuldades do crescimento. E segunda desistência. A pequenota, corrijo, a crescida (estatuto ganho por ceder a ditacuja ao pai natal), lá foi para a sua camita onde dormiu descansada e sem atropelos. O pai deixa o sofá e volta para a cama. E aí começa o segundo round, protagonizado pela MAIS crescida. Round este preenchido por muitos e muitos pontapés. Dorme profundamente, mas com calor. Com os pés empurra o edredão para trás. E nós cobrimos. E outra vez. E mais uma. E outra. Esta operação repetiu-se dezenas de vezes. 
Como podem deduzir, não era plano que assim fosse esta noite tão esperada de co-sleeping. Mas assim foi. E ainda assim, cada pormenor conseguiu deixar o meu coração cheinho, cheinho. O toque suave, o cheirinho de criança, o respirar.  A perna por cima de nós, aquele abraço e aquele miminho carinhoso. Os suspiros, a expressão de serenidade e esperança. A protecção. O acordar lento. Com o sol a entrar pelo quarto. O ficar na cama na brincadeira com as pequenotas. Com mimos e abracinhos. Cócegas, risadas e beijinhos. Isto é amor. Isto é muuiiiiito bom.

E assim se fechou este Natal. Com chave de ouro! 



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